sexta-feira, abril 23, 2010

O Pirilau

A revista de curioso título O Pirilau publicou-se entre 1939 e 1941, tendo durado 63 números. Os seus directores eram Pinto de Magalhães e M. M. Calvet de Magalhães, e o seu editor e proprietário Henrique Torres, sendo a sua sede em Lisboa, mais concretamente na Rua de S. Bento.

O seu formato era praticamente idêntico a A4, mais concretamente 29 por 21 cm, sendo a impressão a preto e branco e a encarnado em algumas páginas, sendo outras apenas impressas a preto. O papel era de má qualidade, possivelmente em consequência da crise de papel durante a II Guerra Mundial. O preço, tal como se pode verificar, era de 5 tostões.

As 12 páginas que constituíam esta revista continham diversas histórias, algumas em continuação e outras de uma página ou constituídas por tiras. Eram quase todas de origem britânica, muito embora não surgisse menção de autoridade.

A história da primeira página deste número apresenta as personagens Katzenjammer Kids, também conhecidas como Os Sobrinhos do Capitão, com o nome em português de Quim e Zé, Chico e Nené, sendo as legendas integradas nas vinhetas, mas não em balões. Outras aventuras apresentavam texto narrativo em colunas sob os desenhos, quer houvesse ou não balões integrados nas vinhetas. A tira que surge nas páginas centrais refere-se às aventuras de Harold Lloyd, um conhecido actor cómico norte-americano do cinema mudo, que era originalmente publicado na revista britânica Film Fun.

Em algumas páginas eram também publicados alguns contos, havendo ainda espaço para correio dos leitores da revista, e a revista era normalmente acompanhada por uma construção de armar, facto habitual nesta altura em diversas publicações nacionais.

A numeração das páginas era contínua de fascículo para fascículo, sendo pensada para uma possível encadernação. No caso deste número, o 22, as páginas surgem com a numeração de 257 a 268, não havendo, no entanto, números nas primeira e última páginas.

A digitalização foi efectuada a 72 dpi, podendo ser aumentada para 150 dpi clicando com o rato sobre as imagens.


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sexta-feira, abril 09, 2010

A revista Fagulha nº 1

A revista Fagulha foi um dos órgãos da Mocidade Portuguesa, neste caso da Mocidade Portuguesa Feminina, uma organização do regime salazarista destinado às crianças e jovens portuguesas, que num dado período histórico era de frequência obrigatória.

Começou a publicar-se em 1958, tendo durado até à queda do regime, em Abril de 1974, com 391 números publicados, derivando de uma outra publicação, intitulada Lusitas, editada entre 1943 e 1957. A sua correspondente masculina, Camarada, que se publicou desde 1947, chegou a possuir duas séries e mudou de título, mas a esta iremos referir-nos mais tarde, numa outra postagem. Pode ler-se um artigo sobre estas instituições através desta ligação.

Muito do conteúdo da revista evidenciava aqueles que eram os valores considerados ideais para a jovem portuguesa, futura mãe de família: a moral e a ética católicas estavam sempre presentes nas suas páginas, bem como muitos dos predicados considerados essenciais, a subserviência aos maridos, a capacidade de gerar e educar filhos obedientes para o serviço da nação, os dotes domésticos, qualidades da boa mãe e cidadã do regime da sociedade nascida do chamado Estado Novo.

As histórias aos quadradinhos aí publicadas abordavam frequentemente estas temáticas, ou iam ao encontro da literatura tradicional portuguesa, bastante inócua para o regime sob o ponto de vista ideológico ou moral.

O primeiro número data de 15 de Janeiro de 1958, tendo como directora Maria Alice Andrade Santos. Possuía doze páginas e o seu formato era quase idêntico ao A4, mais concretamente cerca de 29,5 cm de altura por 21 cm de largura. As páginas eram impressas a quatro cores ou a preto e branco, alternadamente em cada duas. Não seria uma impressão certamente barata, mas o regime e a organização da Mocidade Portuguesa suportariam os custos. Era vendida nas instalações desta organização, que existiam também nas escolas portuguesas, mas era distribuída gratuitamente às sócias da Mocidade Portuguesa Feminina, à semelhança da sua congénere masculina.

Nesta edição podíamos apreciar histórias desenhadas por José Manuel Soares, que também assinava algumas das ilustrações, e de Artur Correia, nomes incontornáveis dos quadradinhos portugueses de então e que se afirmaram igualmente noutras publicações, havendo ainda histórias desenhadas sem indicação de autoridade.

A digitalização das imagens foi realizada a 72 dpi, podendo ser aumentadas para 150 dpi com um clique do rato sobre as mesmas.



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segunda-feira, abril 05, 2010

Histórias esquecidas 35: Palo Quiri, por José Garcês

Capa da revista Titã nº 21.Palo Quiri é uma aventura desenhada por José Garcês, com argumento de Roussado Pinto. Tem uma extensão de 16 páginas, e foi originalmente publicada na revista Titã, do número 21, de 9 de Março de 1955, ao número 35, de 15 de Junho de 1955, ao ritmo de uma página por edição, com algumas excepções: no número 31 não foi publicada nenhuma página, e nos números 34 e 35 saíram duas páginas em cada uma das revistas.

A sua publicação foi a uma cor, tendo em alguns casos sido apenas a preto e branco.

Capa do Mundo de Aventuras nº 359.A história apresenta as aventuras de um legionário português no norte de África, uma situação que estava bem de acordo com o espírito que se vivia no país por esta altura.

Foi republicada no Mundo de Aventuras, V série, número 359, de 21 de Agosto de 1980.

As imagens aqui apresentadas são as relativas à edição original, da revista Titã. A digitalização das mesmas foi realizada a 72 dpi, podendo ser aumentadas para 150 dpi com um clique do rato.




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