segunda-feira, abril 28, 2008

Histórias esquecidas 3: As Aventuras de Zé Nabo e Zé Bolota

Clique para aumentar a 1ª página do número 1 de PlutoPublicado entre 30 de Novembro de 1945 e 24 de Maio de 1946 (com 25 números editados), a revista O Pluto era escrita, quase na sua totalidade, por José Augusto Roussado Pinto (que desempenhava também as funções de Director artístico e Editor, sendo ainda muito jovem nesta altura, vindo mais tarde a notabilizar-se por uma prolixa actividade como editor, argumentista e escritor de romances policiais sob o pseudónimo de Ross Pynn) e desenhada por Vítor Péon, que se encarregou da maior parte das aventuras surgidas nos primeiros números, de entre as quais iremos aqui referir Três Balas, Traidor em Fuga e duas aventuras que constituíram paródias aos westerns, As Aventuras de Zé Nabo e Zé Bolota e Furacão e o Seu Cavalo Trovão, para além de diversas ilustrações.

A história aqui «recuperada» é As Aventuras de Zé Nabo e Zé Bolota, que se publicou, a um ritmo de duas páginas por edição, entre os números 1 e 9. Mantivemos o aspecto já amarelecido das páginas e a impressão a uma cor em algumas delas, invariavelmente as últimas de cada número, onde são notórias as dificuldades com a qualidade da impressão.

Resolução: 300 dpi.





















Ficha técnica do número 1 de O Pluto


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sexta-feira, abril 25, 2008

Histórias esquecidas 2: Dossier PIDE-DGS

A propósito da data de hoje, aqui ficam as primeiras páginas de uma edição curiosa, Dossier PIDE-DGS, publicada em 1975 pelas Edições Acrópole, numa data ainda muito perto da revolução de 1974, sobre o regime anterior ao 25 de Abril, já que existem muito poucas histórias que foquem este período. O que não deixa de ser curioso. A intenção era publicar uma colecção, mas apenas chegou a ser publicado o primeiro número.

Muito embora os desenhos e o argumento sejam pobres, valem pelo esforço em tratar esta temática. O argumento é de José Gabriel e os desenhos de Vítor e Carlos Guedes.












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quarta-feira, abril 23, 2008

Histórias esquecidas 1: O Neto de Cartouche

Aqui se divulga a aventura intitulada O Neto de Cartouche, da autoria de Raul Correia, que foi director literário de O Mosquito, com desenhos de Vítor Péon, originalmente publicada em Almanaque O Mosquito e a Formiga, de 1945.

Mantivemos as cores a que foram publicadas as páginas, algo amarelecidas pelo tempo, tendo sido digitalizadas a uma resolução de 300 dpi.















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segunda-feira, abril 21, 2008

Pixie Pip, ou Diabruras do Tiro-Liro

A série The Merry Stories of Pixie Pip ficou conhecida em Portugal como Diabruras do Tiro-Liro, perdendo-se nesta adaptação o carácter mágico que a palavra pixie (duende) possuía na língua original, o inglês, já que a tradição portuguesa, mais marcada pelo catolicismo, não possui no seu imaginário figuras como a que esta personagem representa.

Surgida originariamente nas páginas de Jack & Jill, como as séries a que anteriormente nos referimos, em Janeiro de 1958 (publicando-se até 1973), e fazendo parte dos nursery comics, terá passado por diversos autores, de que vale a pena destacar Gordon Hutchings e Terry Willers, ambos desenhadores, e Mick Hall entre os argumentistas.

Entre nós foi publicada nas páginas de O Falcão, na sua primeira (e melhor) fase.

Um exemplo de produtos com a personagem, que foi bastante comum nas décadas de 50 e 60Como se compreende, a tradução para português provocou a perda de muitos factores, de entre os quais o menor não será o que se refere aos nomes, tanto das personagens como dos locais. Merecem referência não só os diversos pixies, para além de Pip, como Mr. Doorman Pixie (o duende porteiro), Mr. Mayor Pixie (o duende presidente da câmara), etc., e ainda a cidade natal de Pip, Toadstool Town, a cidade dos cogumelos, ou Petal, a amiga de Pip, assim nomeada por causa do seu chapéu florido. As suas aventuras, quase sempre plenas de tropelias (daí o título português), evidenciavam o carácter irrequieto e traquinas da principal personagem, ou não se tratasse de um duende, mas extravasaram do pequeno mundo destas fantásticas personagens para outros mundos, como o Big World, para onde Pip é levado por uma enorme ventania durante o Natal, e onde conhece uma outra amiga, Caroline.

A página abaixo apresentada não apresenta data nem assinatura, e representa uma aventura completa, intitulada Pixie Pip goes to the Pixie boat race. É desenhada a tinta e pintada a aguarela, em tons de cinzento. É composta pelo título, em toda a largura da área da mancha, e por oito vinhetas isoladas, alinhadas em duas tiras, coladas individualmente sobre um cartão grosso duplo. A dimensão do cartão é de 64 por 43,5 cm e a de cada vinheta é de 12,1 por 12,4 cm, aproximadamente. No total, a mancha das vinhetas tem cerca de 53,5 por 43,5 cm, incluindo o título. No canto superior direito surge a inscrição, a lápis, Jack & Jill Holiday Special 79, muito embora se trate de uma republicação desta aventura.



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Histórias de O Falcão 1

Aqui vão publicadas duas aventuras de O Falcão, 1ª série, que envolvem as personagens Pixie Pip, Diabruras do Tiro-Liro, e Freddie Frog, Coisas do Senhor Sapo. A primeira pertence ao número 1 de O Falcão, publicada a 18 de Dezembro de 1958 (páginas 20 e 21), e a segunda ao número 2 da mesma revista, datada de 25 de Dezembro de 1958 (páginas 20 e 21). Tentámos manter as cores das páginas originais, tal como foram publicadas.








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quarta-feira, abril 16, 2008

Freddie Frog ou Coisas do Senhor Sapo

Conhecida em Portugal por Coisas do Senhor Sapo, a série Freddie Frog terá surgido pela primeira vez em Fevereiro de 1954, nas páginas da revista Jack and Jill, integrando igualmente (como a série a que nos referimos anteriormente) aquilo a que os britânicos chamam nursery comics, ou seja, histórias que se destinavam a um público mais infantil. Se na Grã-Bretanha havia revistas que se publicavam com estas características, já em Portugal a tendência era para misturar diversos géneros de histórias numa mesma publicação, tentando assim agradar a um leque mais diverso de leitores. Não nos admiremos, por isso, ao encontrarmos séries como Dan Dare ou Till Ulenspiegel, a que se dedicou, entre outros artistas, o desenhador português Eduardo Teixeira Coelho, mais conhecido por ETC, as aventuras de Wulf o Bretão, intituladas O Preço da Liberdade ou O Vale dos Monstros Perdidos, de Bill Lacey, Cavaleiros Destemidos, de Frank Humphris (Jeff Arnold), todas destinadas a uma audiência mais juvenil, e Coisas do Senhor Sapo (Freddie Frog) ou As façanhas do Zé Lebrão (Harold Hare) numa mesma revista, como foi o caso de O Falcão, na sua primeira série, já que um certo ecletismo marcou esta primeira série da revista, na minha opinião de forma positiva.

Página 24 de «O Falcão» número 24, de 28 de Maio de 1959Estando a cargo de vários artistas, de que vale a pena referir Gordon Hutchings, Sérgio Asteriti, Antonio Lupatelli ou Peter Woolcock, que trabalhou igualmente para a revista Playhour, as aventuras de Freddie Frog eram desenhadas e posteriormente pintadas a aguarela, frequentemente a cores, como se pode verificar na página abaixo, muito embora em Portugal tivessem sido sempre publicadas a preto e branco, ocupando uma ou duas páginas.

Características desta série eram as confusões em que a personagem se via envolvida, que muitas vezes provinham de mal-entendidos e de trapalhadas quase sempre com origem numa vontade de ultrapassar dificuldades e que nem sempre surtiam efeito, dando origem a cenas bastante cómicas, e que invariavelmente terminavam de forma satisfatória, nas quais participavam ainda algumas personagens secundárias, como Terry Tortoise, a tartaruga amiga do sapo, que em Portugal se chamava Mestre Cágado Folião, e outros habitantes da vila da Pasmaceira, como o sr. Texugo, Toupeirinha, ambos lavradores, o Urso Cozinheiro, o sr. Cão Peludo, o sr. Raposo, dono de uma loja de móveis, o sr. Perdigueiro, entre muitas outras.

A página aqui apresentada tem a particularidade de ser a cores, sendo composta por um cabeçalho a toda a largura dos desenhos, e 7 vinhetas isoladas (a última possui o dobro do tamanho das 6 primeiras), todas coladas num cartão grosso. A dimensão do cartão é de 67 x 48,5 cm, aproximadamente. Cada vinheta pequena tem 12,4 x 11,1 cm, e a última possui 25,5 x 11,1 cm. Na parte inferior do cartão podem ler-se as seguintes indicações manuscritas: Page 42, Page 43, Jack & Jill Annual 1983. Os desenhos não estão assinados nem datados.



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quarta-feira, abril 09, 2008

Harold Hare, ou As façanhas do Zé Lebrão

Harold Hare é uma série que ficou conhecida em Portugal através da sua publicação nas páginas da primeira série de O Falcão (entre 1958 e 1960), com a designação As façanhas do Zé Lebrão (p.e. O Falcão nº 22, pp. 24-25), muito embora tenha surgido também referido como compadre Lebrão e Zé Coelho nas legendas que acompanhavam os desenhos.

Foi desenhada por Hugh McNeill, que também criou Pansy Potter the Strong Man's Daughter para a revista Beano, publicada entre 1938 e finais de década de 80, tendo exercido as funções de cartógrafo durante a II Guerra Mundial, dedicando-se posteriormente a trabalhar para as revistas Knockout e Buster. Sobre este autor poder-se-á ler um excelente artigo de Steve Holland no seu blogue.

Página 24 de «O Falcão» número 22, de 14 de Maio de 1959, dedicada à personagemA série Harold Hare surgiu a 8 de Julho de 1950, primeiro na revista Sun, e posteriormente, entre 1954 e 1985, em Jack and Jill, bem como em Playhour e em Harold Hare’s Own Paper. Entre os seus amigos de aventuras incluía-se um ouriço, um rato e uma toupeira, que no seu país de origem, a Inglaterra, foram baptizados de Flopsy Flufftail, Dicky Dormouse, Happy Hedgehog, Bibby and Bobby (entre nós, Pipoca e Laçarote) entre alguns outros.

A designação britânica atribuída a este género de quadradinhos é de nursery comics, já que se destinavam a um público mais infantil, havendo outras personagens conhecidas neste universo e a que nos referiremos em futuros artigos, nomeadamente Pixie Pip, Freddie Frog e Tiny Mole. A ilustração era desenhada e posteriormente pintada a aguarela, a preto e branco ou por vezes a cores.

A página aqui apresentada terá sido publicada em Jack and Jill Weekly a 1 de Junho de 1985, em repetição de anteriores publicações, já que apresenta, no verso, as datas 18.9.1965, 19.6.1971 e 3.5.1980. A dimensão da página é de 30 x 32,2 cm, em cartão grosso, contendo os desenhos originais colados, em dois conjuntos de duas vinhetas, que têm 12,3 x 11,5 cm cada. Os desenhos não estão assinados nem datados.




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