sábado, maio 31, 2008

Histórias esquecidas 13: O Rei Triste, de Eduardo Teixeira Coelho e Gilda Teixeira Coelho

O Rei Triste é um álbum de pequenas dimensões, cerca de 18,9 por 14,2 cm, com apenas 16 páginas, publicado a cores em 1954 pela editora Fomento de Publicações Lda., que pertencia a Roussado Pinto, com desenhos de Eduardo Teixeira Coelho e argumento de Gilda Teixeira Coelho, a segunda mulher do desenhador.

Segundo António Dias de Deus, na obra da sua autoria, em conjunto com Leonardo de Sá, intitulada ETCoelho, A Arte e a VidaCapa da obra sobre o desenhador, NonArte, Edições Época de Ouro, Costa da Caparica, 1998, trata-se de obras impressas nas Edições O Mosquito, que pertenciam a uma colecção intitulada Capuchinho Vermelho, de que terão sido publicados os volumes intitulados A Filha do Moleiro, Marina e o Papagaio, A Borboleta Verde e O Espírito das Nuvens. O Rei Triste seria o 5º volume desta série, publicado fora da colecção, e todas estas histórias deveriam ter sido publicadas numa segunda série da revista O Mosquito, o que acabou por não se concretizar.

Os desenhos são, de facto, de grande qualidade, tal como o são muitos dos trabalhos do autor. Creio que esta obra não voltou a ser publicada, sendo muito difícil encontrá-la à venda em alfarrabistas.

Resolução: 300 dpi.



Capa do pequeno álbum de ETC
Verso da capa do álbum, onde se pode ler a autoria dos desenhos e do argumento, bem como as indicações da editora















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quarta-feira, maio 28, 2008

Histórias esquecidas 12: «Miguel de Cervantes e Saavedra», por Manuel Ferreira, no Pisca-Pisca

Capa do Pisca-Pisca nº 1, de Janeiro de 1968.Pouco se sabe acerca de Manuel Ferreira, que publicou um número reduzido de trabalhos, sendo conhecidos alguns argumentos seus para O Faísca, e histórias aos quadradinhos na segunda série da revista Camarada, bem como ilustrações e capas em Zorro.

A sua participação em periódicos estendeu-se igualmente à nova revista da Mocidade Portuguesa, Pisca-Pisca, que sucedeu a Camarada, de que aqui divulgamos Miguel de Cervantes e Saavedra, que saiu no seu primeiro número, datado de Janeiro de 1968, num total de quatro páginas, a uma cor.

Resolução: 300 dpi.




Primeira página da história sobre Cervantes, em que é assinalada a autoria dos desenhos e do argumento por Manuel Ferreira




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domingo, maio 25, 2008

Histórias esquecidas 11: José Ruy no Cavaleiro Andante: «Columbano» e «Gutenberg»

Outro desenhador português há mais anos em actividade é José Ruy. Nascido em 1930, na Amadora, é considerado o autor com mais álbuns produzidos, tendo-se estreado nos fanzines e começado a publicar trabalhos seus na revista O Papagaio, com apenas catorze anos de idade, em 1944. No ano seguinte colaborou regularmente com esta mesma publicação e trabalhou como gráfico na revista O Mosquito, onde veio a publicar o seu primeiro trabalho no ano de 1952. Acerca desta revista e em particular do destino dado à impressora utilizada na redacção de O Mosquito, José Ruy tem vindo a escrever uma série de artigos no blogue Kuentro.

A sua colaboração com diversas revistas continuou com o Gafanhoto e Camarada, bem como com o Cavaleiro Andante, tendo assumido igualmente o cargo de director da segunda série de O Mosquito. Outras histórias suas surgiram ainda no Pisca-Pisca, na V série do Mundo de Aventuras e, mais recentemente, no Jornal da BD, no Tintin, Spirou e Selecções BD.

Entre algumas das suas obras mais importantes conta-se a ilustração da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, dos Autos das Barcas, de Gil Vicente e de Os Lusíadas, de Luís de Camões, trabalhos que foram publicados pela Editorial Notícias. Outra obra importante é a série de álbuns intitulada Aventuras de Porto Bomvento, bem como outras histórias sobre Almeida Garrett, Aristides de Sousa Mendes ou Humberto Delgado, para além de muitas outras. Estas versões de obras literárias levaram-no a estabelecer uma colaboração intensa com escolas de todo o país, onde se disponibilizou para dinamizar encontros com alunos e conferências a propósito das suas adaptações, tendo sido dado o seu nome a uma escola na Amadora e para onde pintou vários painéis.

O seu percurso e a sua obra foram objecto de um estudo intitulado José Ruy: Riscos do Natural.

Divulgamos aqui dois dos seus trabalhos publicados no Cavaleiro Andante: a história de uma página intitulada Columbano, que saiu no álbum do Natal de 1956 dessa revista, e ainda Gutenberg, que saiu no número especial de Outono de 1954, do mês de Outubro, composta por 12 páginas, a que aditámos a página seguinte, intitulada De Gutenberg aos nossos dias, focando a evolução da imprensa até ao processo gráfico do Cavaleiro Andante.



Reprodução da história de uma página sobre Columbano Bordalo Pinheiro
Capa do número especial do Cavaleiro Andante relativo a Outubro de 1954
Primeira página da história dedicada à biografia de Gutenberg










ùltima página relativa à biografia de Gutenberg
Página dedicada à história da imprensa, desde o século XVI até à gráfica onde era impresso o Cavaleiro Andante


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quinta-feira, maio 22, 2008

Histórias esquecidas 10: O Falcão, de José Garcês

Um dos grandes desenhadores portugueses ainda vivos é José Garcês, nascido em Lisboa em 1928, que se estreou profissionalmente na revista O Mosquito em 1946, após ter mantido uma publicação inteiramente escrita e desenhada pela sua mão, manuscrita, intitulada O Melro. Este prolífico autor manteve colaboração com inúmeras revistas, merecendo destaque as revistas Fagulha (para onde desenhou cerca de sete dezenas de trabalhos, ao longo de dezasseis anos) e Cavaleiro Andante, onde publicou diversos trabalhos e de onde foi retirada a aventura que aqui divulgamos.

Para além de ter trabalhado como desenhador no Serviço Meteorológico Nacional, como então se chamava, José Garcês foi colaborador no jornal O Século e ilustrador de manuais escolares, entre muitas das suas actividades. Merece ainda destaque o seu trabalho sobre instrumentos musicais portugueses do século XV, e a sua obra de maior fôlego, História de Portugal em BD, com argumento do historiador A. do Carmo Reis, que teve também edição em língua francesa.

Grande parte do seu espólio foi por si doado à cidade da Amadora, onde actualmente reside, e continua a publicar actualmente álbuns dedicados a localidades e cidades de Portugal, tendo sido editado um volume acerca do seu trabalho pelos historiadores Leonardo De Sá e António Dias de Deus, intitulado José Garcês - As Fases Diversas.

As reproduções aqui apresentadas foram publicadas no Cavaleiro Andante, em 1953, a preto e branco ou a uma ou duas cores, entre os números 73, de 23 de Maio de 1953, e 103, datado de 19 de Dezembro do mesmo ano, com uma falta no número 93. A aventura foi publicitada na capa do número 72, de 16 de Maio, tendo começado a ser publicada no número seguinte. A qualidade da digitalização foi prejudicada pelo facto de os exemplares que tenho em posse estarem encadernados, dificultando uma boa digitalização junto à lombada. As páginas a preto e branco são as que, na minha opinião, melhor evidenciam a mestria do desenhador.

Resolução: 300 dpi.



Capa do Cavaleiro Andante número 72, de 16 de Maio de 1953, onde foi anunciada a aventura que se inciaria no número seguinte.
Primeira página da aventura, publicada no nº 73, de 23 de Maio de 1953






























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