sábado, setembro 30, 2006

Tim Tyler's Luck, de Lyman Young

Criada por Lyman Young, irmão de um outro famoso desenhador, Chic Young, criador da série Blondie, a que aqui já nos referimos, a série Tim Tyler’s Luck surgiu a 13 de Agosto de 1928, em tiras diárias, passando igualmente a páginas dominicais em Julho de 1931, vindo apenas a ser extinta em Agosto de 1996.

Durante os anos em que se publicou, foram muitos os desenhadores que por ela passaram, incluindo alguns nomes famosos, como Alex Raymond, Burne Hogarth, e outros menos conhecidos do grande público como Clark Haas, Tony DiPreta, Nat Edson, e Tom Massey. Para além destes, merece destaque o filho de Lyman Young, Bob Young, que a partir de certa altura passou a co-responsabilizar-se pelos argumentos e desenhos de Tim Tyler’s Luck, assinando os trabalhos conjuntamente com o seu pai e passando a trabalhar a solo a partir da morte deste, em 1984.

A série iniciou-se num orfanato (como Little Orphan Annie), onde o principal personagem se encontrava, mas logo depois saindo da instituição e vivendo por sua conta, sendo introduzido um personagem secundário, Spud, que o acompanhou em diversas aventuras pelo mundo fora, quando esta abandonou um carácter mais caricatural para assumir um aspecto mais naturalista e sério, e um estilo bastante estilizado, principalmente em África, onde ambos integraram a Ivory Patrol, combatendo os caçadores ilegais de marfim e protegendo as espécies em risco. Por altura da II Guerra Mundial, regressaram aos Estados Unidos, onde se envolveram em diversas aventuras contra sabotadores e espiões, regressando mais tarde a África, para aí permanecerem até ao final das suas aventuras.

Cartaz da sérieTim Tyler’s Luck obteve bastante popularidade nos seus tempos áureos, tendo sido realizada uma série de doze episódios pela Universal Pictures em 1937, sob a direcção de Ford Beebe e Wyndham Gittens, e argumento de Wyndham Gittens e Norman S. Hall.

Em Portugal, muitas das suas aventuras foram publicadas em diversas revistas, sobretudo no Mundo de Aventuras, sob a designação Tim Tyler, mas igualmente surgindo como Tim e Pepe no Condor Popular, como Pepe e Tyler, ou ainda Tim e Pete, tendo chegado até nós em versão brasileira com a designação Tim e Tok.

Capa do Mundo de Aventuras nº 756, IV série, que apresenta uma aventura do herói.A fase final de Tim Tyler’s Luck começou a perder leitores de forma gradual, em grande parte devido a alguma incapacidade de Bob Young em continuar a manter o interesse nas histórias e nos desenhos, até ser finalmente extinta em 1996, como acima referimos. Apresenta a curiosidade de ter sido o nome de uma das suas personagens a dar o título a um romance de Umberto Eco, A Misteriosa Chama da Rainha Loana.

A tira aqui representada está datada de 7 de Junho de 1962, e apresenta as assinaturas de Lyman e Bob Young, pertencendo, portanto, a uma fase em que ambos trabalhavam em conjunto na mesma. A dimensão da mancha é de 50,2 x 14,4 cm, e a do papel é de 52,6 x 16,3 cm, aproximadamente. A primeira vinheta ostenta ainda a inscrição Best whishes to. O © é da King Features Syndicate.




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segunda-feira, setembro 18, 2006

Vinhetas soltas - 11



M'Ginty's Guard, por Tony Swarstad, 1912 (?).


Padlock Homes, por Ed Wheelan, data desconhecida.


Jane Arden, por Walt Graham e Russell Ross, sem indicação de ano (anos 30?).


Boots and Her Buddies, por Edgar Martin, sem indicação de ano (anos 30?).


Surgeon Stone, por Richard Martin Fletcher, 1949.


Humphrey, por Al Avison, c. 1952.


Tim Tyler's Luck, por Lyman and Bob Young, 1962.


Firebrand, por Pat Nicolle, sem data (anos 60?).


Martin Mystere, por Giovanni Crivello, sem data.


Books of Magick, por Dean Ormston, sem data (2001?).


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sexta-feira, setembro 15, 2006

Firebrand, de Pat Nicolle

Patrick Nicolle nasceu em Londres a 15 de Novembro de 1907, vindo a falecer a 30 de Outubro de 1995, tendo integrado a equipa de uma revista dedicada a carpintaria e marcenaria, trabalhando também como publicitário até começar a produzir trabalhos para uma editora como free-lancer. Após a II Guerra Mundial, durante a qual prestou serviço numa companhia de engenharia do exército do Reino Unido, começou a interessar-se por armamento antigo, ilustrando uma aventura dedicada a Robin Hood, a qual obteve grande sucesso, sendo então contactado para desenhar para a revista Knockout.

Capa de O Falcão nº 365A sua primeira história foi publicada em 1950, no número 600 da já referida revista, tendo a partir daí os seus trabalhos surgido noutras publicações, como a Comet (com a série Claude Duval, conhecida em Portugal pela sua publicação em O Falcão e a que já nos referimos noutro post), a Sun, a Thriller Comics Library, na Lion, T.V. Fun ou Buster. Mais tarde, já nos anos 60, ilustrou diversas aventuras para a revista Look and Learn.

As tiras aqui apresentadas pertencem à série Firebrand the Red Knight, que se publicou em Knockout e que surgiu, em Portugal, nas páginas de O Falcão. A dimensão da mancha é de 39,9 x 13,7 cm e a do papel, embora ligeiramente variável, é de 42,7 x 20,6 cm, aproximadamente. As tiras não estão datadas nem assinadas.


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terça-feira, setembro 12, 2006

M' Ginty's Guard, de Tony Swarstad

Tal como em muitas outras formas de expressão artística, a história dos quadradinhos está recheada de nomes que, por qualquer motivo, não conseguiram obter o êxito que procuravam, muitas vezes por falta de oportunidade, de apoios, e também - há que dizê-lo - por falta de talento ou de persistência.

Tony Swarstad terá porventura sido um desses casos. Do pouco que consegui saber acerca deste autor apenas descobri que publicou esta sua série, M' Ginty's Guard, num periódico de San Diego, nos Estados Unidos, o que terá ocorrido nos anos 10 do século XX. Não encontrei nenhuma outra referência acerca da sua biobibliografia, nem ainda acerca desta série ou de qualquer outra que tenha desenhado.

Mas consegui adquirir a sua curiosa pasta, com capas desenhadas pelo próprio, que, tanto quanto se sabe, teria utilizado para transportar e apresentar os seus trabalhos e, com ela, 9 pranchas que terão sido desenhadas entre 1912 e 1915, todas elas assinadas, e com uma dimensão de 40,5 x 30,1 cm para a mancha gráfica e de 45,9 x 35,6 cm para os cartões, de que aqui apresento três.



Reprodução da capa desenhada pelo autor para transportar os desenhos.

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segunda-feira, setembro 04, 2006

Humphrey

Humphrey, de seu nome completo Humphrey Pennyworth, surgiu como personagem secundário na série Joe Palooka, que em Portugal ficou conhecida como Zé Sopapo, de Ham Fisher, em Dezembro de 1947, na revista dedicada ao herói principal. No entanto, a sua popularidade rapidamente o conduziu ao estrelato e à publicação das suas aventuras em título próprio, o que aconteceu entre 1948 e 1952.

Caracterizando-se pela sua gordura, mas também pelo seu bom coração e por alguma excentricidade, das histórias que protagonizava não poderiam de modo algum estar ausentes doses maciças de hambúrgueres, de cachorros quentes e de refrigerantes, que devorava com avidez e que provocavam alguma hilaridade, a isto se juntando uma certa tendência para se envolver em situações desastrosas.

Capa do Condor Popular dedicada ao personagemEste personagem surgiu em Portugal como secundário em algumas aventuras de Zé Sopapo, mas também de forma autónoma, nomeadamente na revista de formato reduzido Condor Popular, sob a designação de Humberto.

Um dos desenhadores que se encarregou da arte nestas aventuras foi Al Avison, nascido nos Estados Unidos em 1920, que trabalhou para a editora Marvel durante a chamada época de ouro dos comics norte-americanos. Para esta editora criou um super-herói intitulado The Whizzer, com reduzido sucesso, diga-se, tendo igualmente trabalhado nas aventuras de Captain America por volta de 1942. Vale a pena destacar também o seu trabalho para a editora Harvey até meados dos anos 50, em séries como Casper the Friendly Ghost (Gasparzinho), Captain Freedom, Joe Palooka, The Green Hornet, e Humphrey, entre outras.

A página aqui representada pertence a uma história composta por duas páginas, cujos originais possuo, publicada no número 22 de Humphrey Comics em 1952, e intitulada False Alarm. Esta primeira página apresenta uma zona em branco, de onde terá caído o logótipo destas aventuras em acetato, entretanto perdido. A mancha tem a dimensão de 45,3 x 30,6 cm e a página de 50,5 x 35,5 cm, aproximadamente.



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