sábado, abril 29, 2006

Vinhetas soltas - 9


Vinheta de Firebrand the Red Knight, por Pat Nicolle



Vinheta de Casey Ruggles, por Warren Tufts



Vinheta de Curly Kayoe, por Sam Leff



Vinheta de Brick Bradford, por Paul Norris



Vinheta de Barney Google, por John Rose



Vinheta de Tales Of The Great Book, por John Lehti



Vinheta de Moon Mullins, por Frank Willard



Vinheta de Sectaurs, por Mark Texera / Joe Del Beato



Vinheta de Robin, por Staz Johnson



Vinheta de Johnny Red, por John Cooper


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quarta-feira, abril 26, 2006

Curly Kayoe

Nos anos 40, eram bastante populares as séries dedicadas a lutadores de boxe, de entre as quais vale a pena destacar Joe Palooka, o «nosso» Zé Sopapo, a que aqui já nos referimos, ou ainda Big Ben Bolt, que em Portugal se tornou conhecido como Luís Euripo, a que esperamos vir a referir-nos futuramente.

Mas Curly Kayoe, se bem que não tão famosa como as suas congéneres, criou uma grande legião de fãs enquanto durou. O personagem surgiu em 1944, muito embora a série já existisse com o título Joe's Car, tendo como principal personagem Joe Jinks, que veio posteriormente a ser o título da série, sendo distribuída pela United Features Syndicate.

Os seus autores eram os irmãos Sam e Mo Leff. Mo, que fora assistente de Al Capp em Li'l Abner, fazia os desenhos a lápis, e a passagem a tinta e o argumento eram da responsabilidade de Sam Leff, que também passou a fazer os desenhos a lápis por volta de 1946, assegurando a totalidade do trabalho.

Por volta de 1945, já este boxeur de bom coração e algo «bronco», que possuía semelhanças físicas notórias com Joe Palooka, se assenhoreava das aventuras e do título e, dois anos depois, Joe desaparecia de cena e o protagonismo ficava inteiramente concentrado em Kayoe. Mas isto apenas aconteceu nas tiras diárias, já que as páginas dominicais continuavam a centrar-se em Jinks.

Mais tarde, surgiu um novo personagem, um marinheiro chamado Davy Jones, que acabou por fazer a Kayoe o mesmo que este fizera a Jinks: tomou conta das aventuras, e também do título, a partir de 1961, altura em que o desenho passou para as mãos de Al McWilliams, mais conhecido como autor de Twin Earths, (muito embora Leff continuasse a escrever os argumentos), até à sua extinção dez anos depois, quando o lutador de boxe já havia desaparecido completamente de cena.

Chegou a ser publicado sob a forma de comic-book em finais dos anos 50 pela editora Dell. Creio ser completamente desconhecida em Portugal.

A tira aqui apresentada está assinada por Sam Leff e é datada de 13 de Dezembro de 1944, tendo o © da United Features Syndicate. A dimensão da mancha é de 48,4 x 12,5 cm e a do papel de 50,8 x 13,7 cm, aproximadamente.



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sexta-feira, abril 21, 2006

Brick Bradford

Brick Bradford surgiu pela primeira vez a 21 de Agosto de 1933, como tira diária, com distribuição da Central Press Association. Os seus autores, o argumentista William Ritt e o desenhador Clarence Gray, criaram esta série com um cariz de aventuras de aviação, à semelhança de Tailspin Tommy e de Smilin' Jack, a que aqui já nos referimos anteriormente. A distribuição da série pelos jornais norte-americanos começou com uma fraca expressão, já que a distribuidora, que era uma subsidiária da King Features Syndicate, apenas se dedicava aos jornais locais e não aos de expansão nacional, pelo que demorou alguns meses até a sua divulgação ganhar uma maior dimensão no país.

Brick Bradford marcou o panorama dos quadradinhos, porém, como série de ficção científica, em grande parte devido ao aparelho inventado por um personagem secundário, o cientista Kala Kopak, que permitia viajar ao nível subatómico e igualmente viajar no tempo, e que mudava de dimensões de acordo com os desejos de quem o comandava. Este aparelho (baptizado em Portugal como Pião) foi introduzido em 1937, após ter primeiramente surgido numa tira independente, que figurava na parte superior da página dominical da série, a que os americanos chamam topper, tornando-se um dos principais impulsionadores dos acontecimentos que proporcionavam as diversas peripécias das aventuras. Se bem que não faltavam as ligações românticas entre Brick e a filha de um dos seus companheiros de aventuras, June Salisbury (e não só).

No entanto, havia diferenças substanciais entre os argumentos das tiras diárias e das páginas dominicais, que passavam inclusive pelos diferentes nomes dos personagens que nelas surgiam, o que levou a frequentes confusões nas posteriores reedições da série.

Em finais dos anos 40, Ritt deixou de escrever os argumentos, que passaram para a exclusiva responsabilidade de Gray, até ano ano de 1952, altura em que Paul Norris, que desenhava Jungle Jim na altura, se encarregou de lhe dar continuidade. A 25 de Abril de 1987, a série terminou após ter vindo a perder gradualmente notoriedade, na altura em que Norris finalmente se reformou.

Clique para aumentarForam - e continuam a ser - muitas as reedições das aventuras de Brick Bradford, desde os comic-books os anos 40, passando pelo seu aparecimento em Big Little Books, até às actuais edições das suas aventuras, que foram publicadas nas mais diversas línguas. Em Portugal, onde Brick Bradford chegou a ser conhecido como Brigue Forte, foi sobretudo o Mundo de Aventuras (e algumas das suas edições especiais, como Espaço) que se dedicou a popularizar entre nós as viagens no tempo dos principais personagens.

Brick Bradford chegou a ser adaptado para cinema, numa produção de 1947, realizada por Spencer Gordon e Thomas Carr, com Kane Richmond, Rick Vallin e Linda Leighton nos principais papéis.

A tira aqui apresentada tem o © da King Features Syndicate, está assinada por Paul Norris e é datada de 19 de Outubro de 1982. A dimensão da mancha é de 32,9 x 9,9 cm e a do papel de 36 x 10,3 cm, aproximadamente.



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quarta-feira, abril 19, 2006

Barney Google

A série Barney Google é uma das com maior longevidade no panorama dos quadradinhos que se publicam nos jornais norte-americanos. Surgida a 17 de Junho de 1919, através da King Features Syndicate, pela mão de Billy DeBeck, com o título Take Barney Google, F'rinstance, que depressa passou para o título definitivo, começou por ser uma série sobre desporto, já que o principal personagem era viciado em corridas de cavalos, combates de boxe e outros eventos no género, de que não estavam ausentes as partidas de cartas, para grande contrariedade da mulher, que não deixava de o admoestar frequentemente por esse motivo, sendo publicada nas secções de desporto de periódicos como o Chicago Herald-Examiner. Em 1922, passou a figurar um outro personagem, Spark Plug, um cavalo, que contribuiu para dar um muito maior sucesso a Barney Google, que até então gozava de alguma indiferença por parte dos leitores.

Já em 1934, entrou Snuffy Smith, um habitante das montanhas do estado da Carolina do Norte, onde Google acabou por ir parar nas suas aventuras. A popularidade deste tipo de personagens (como acontecia com Li'l Abner, de Al Capp, a que aqui já nos referimos) ere enorme e este novo tipo foi ganhando cada vez maior proeminência na série, até que, nos anos 50, Barney acabou por praticamente desaparecer, surgindo apenas esporadicamente, ficando Snuffy dono e senhor das aventuras daí por diante, até aos dias de hoje, alterando-se o nome para Barney Google & Snuffy Smith.

Devido à morte de DeBeck em 1942, a continuidade foi assegurada por Fred Lasswell, seu assistente de há longa data, que a desenhou até 1988, tendo ganho um Ruben Award em 1963 pelo seu trabalho, e nesse ano foi a vez de o assistente de Lasswell, John Rose, passar a escrevê-la e desenhá-la.

Foi reeditada em algumas revistas, nomeadamente pela Dell, nos anos 40, e por outras editoras nas décadas seguintes, e ainda hoje se publica, com uma significativa distribuição pelos jornais dos Estados Unidos, mas também fora daquele país.

A página dominical aqui apresentada está datada de 22 de Julho de 2001, e possui a assinatura do actual autor, John Rose. A dimensão da mancha é de 39,3 x 27,1 cm e a do papel de 43,2 x 28,4 cm, aproximadamente. O © pertence à King Features Syndicate.



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domingo, abril 16, 2006

Tales From The Great Book

John Lehti nasceu nos Estados Unidos em 1912 e veio a falecer em 1991, tendo começado por publicar trabalhos seus em diversas revistas em meados dos anos 30. Integrou a equipa de Detective Comics, tendo trabalhado em diversas séries de quadradinhos e desenhou Tommy of the Big Top para a King Features Syndicate, publicando também para a editora Dell e para a DC Comics, e tendo assistido os principais desenhadores em séries como Secret Agent X-9, Terry & the Pirates e Tarzan. Já nos anos 50, desenhou diversas aventuras dentro do género Western, entre as quais Lassie, mas também Space Cadet e Flash Gordon.

Em 1954, conseguiu vender ao Publishers Syndicate uma série sobre histórias bíblicas intitulada Tales From The Great Book, que foi publicada como página dominical a partir desse ano, tendo durado até 1972.

Foi nesta série que desenhou algumas das suas melhores páginas, que frequentemente possuíam algum suspense no final de cada um dos capítulos, como tantas vezes acontece nos páginas dominicais de aventuras, dedicando-se sobretudo a histórias do Antigo Testamento, já que o seu público-alvo não era unicamente constituído por cristãos, mas também por judeus.

Algumas das histórias foram reeditadas em revista ainda nos anos 50 e também na década seguinte. Desconheço a sua publicação em Portugal.

A página aqui apresentada está datada de 6 de Junho de 1971, possui o subtítulo Amos warns the Israelites of their sinful ways e está assinada pelo autor, sendo o © da Publishers Syndicate. A dimensão da mancha é de 52 x 35,7 cm e a do papel de 58,3 x 37 cm, aproximadamente.


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sexta-feira, abril 14, 2006

Moon Mullins

Surgida em 1923, a série Moon Mullins foi uma das que mais tempo durou nos jornais norte-americanos, tendo sido extinta em 1991. Chegou a atingir grande popularidade, e na sua origem está um desentendimento com um outro desenhador, George McManus, quando o seu autor, Frank Willard (1893-1958), chegou a vias de facto com McManus a propósito de uma série intitulada The Outta Luck Club para a King Features Syndicate. Tendo sido despedido, foi imediatamente contratado pelo Chicago Tribune Syndicate, para onde criou Moon Mullins, que narrava a história deste Moon (abreviatura de Moonshine, o que, na época do proibicionismo nos Estados Unidos queria dizer que se tratava de um grande apreciador de bebidas alcoólicas) e de uma série de personagens secundários que habitavam ou trabalhavam na pensão onde o principal personagem se hospedou. Entre estas, encontrava-se Emmy, a dona da pensão, Mamie, a cozinheira, e Lord Plushbottom, que acabou por se casar com a dona da pensão e que encontramos na tira aqui reproduzida.

Na sua origem, está uma tentativa de rivalizar com uma outra série bastante popular na época, Barney Google, a que nos referiremos num futuro «post».

Willard foi assistido, desde quase o início, por um outro desenhador, Ferd Johnson (autor de Texas Slim), que aos poucos e poucos acabou por ir assumindo os argumentos e o desenho na sua quase totalidade, tendo mesmo passado a ser responsável por Moon Mullins a partir de 1958, quando o seu autor faleceu.

Foi reeditada em algumas revistas e outras publicações, como nos Big Litlle Books, ou pela editora Dell, ainda nos anos 30, e em finais dos anos 40 pela The American Comics Group. Nos inícios dos anos 70 chegou a ser transposta para animação.

Creio que nunca chegou a ser publicada em Portugal.

A tira aqui apresentada está datada de 19 de Maio de 1945 e apresenta a assinatura de Willard, muito embora por esta altura fosse Johnson a assumir quase todo o trabalho. A dimensão da mancha é de 50,2 x 15,3 cm e a do papel de 59 x 18,3 cm, aproximadamente. O © é do News Syndicate Co., Inc.



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sexta-feira, abril 07, 2006

Casey Ruggles

Nascido a 12 de Dezembro de 1925, em Fresno, Warren Tufts começou por fazer rádio numa estação da Califórnia, o estado onde nasceu, mas existem muitas dúvidas acerca da data correcta da sua morte; enquanto algumas fontes apontam o ano de 1979, como é o caso da Wikipedia, outras ainda avançam o ano de 1982, embora ambas sejam unânimes em relatar as circunstâncias, um acidente de aviação com um aparelho por ele concebido. Mas as suas actividades também passaram pelo cinema, onde desempenhou diversas tarefas, desde a criação de argumentos, de storyboards, de layouts, até à produção, animação ou mesmo locução.

O seu nome será sobretudo recordado pela autoria da série Casey Ruggles, para a United Feature Syndicate, que surgiu em página dominical a 22 de Maio de 1949, seguindo-se as tiras dominicais a partir de 19 de Setembro desse ano. A acção decorria no oeste californiano, por altura da corrida ao ouro. O principal personagem era um ex-militar, que seguira uma carreira de aventuras de onde não estavam ausentes belas mulheres e cujo estilo se aproximava bastante do de Alex Raymond ou Hal Foster, duas das suas fontes de inspiração. Mais tarde seguiu-se um desentendimento com a editora/distribuidora, que levou ao abandono da série, a partir de 1954, sendo esta entregue a Al Carreño, decaindo a sua qualidade ao ponto de ser finalmente extinta em Outubro de 1955. Esse desentendimento ter-se-á devido ao facto de ter havido uma proposta para criar uma série de televisão, aproveitando a sua enorme popularidade junto dos leitores, hipótese que foi liminarmente rejeitada pela distribuidora e proprietária de Casey Ruggles, a United Feature, receando uma diminuição da sua aceitação.

Capa de uma reedição norte-americana das tiras diárias de Casey RugglesTufts formou a sua própria distribuidora, para a qual criou Lance, uma espécie de sucedâneo de Casey Ruggles, em páginas dominicais, entre 1955 e 1960, que teve também tiras semanais a partir de 1957. A partir de 1960 dedicou-se a desenhar para diversas editoras como independente.

Capa de uma das edições de «comic-books» australianos dedicados ao personagemO seu estilo era bastante perfeccionista, o que o levava a atrasar-se frequentemente nas entregas, sendo assistido por diversos desenhadores, como Al Plastino, Alex Toth, entre outros.

Reeditada em diversos países, desde a Austrália a França, continua a merecer enorme consideração, e a sua presença em publicações actuais, como a Comics Revue, ainda decorre actualmente. Capa de uma das reedições francesas das tiras diáriasEm Portugal, foram sobretudo as aventuras de Lance que surgiram em revistas como o Mundo de Aventuras.

A tira aqui apresentada está assinada e datada de 10 de Janeiro de 1950, possuindo o © da United Feature Syndicate. A dimensão da mancha é de 49,1 x 13,3 cm e a do papel é de 51,4 x 15,3 cm, aproximadamente.




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terça-feira, abril 04, 2006

Sectaurs


A série Sectaurs, cujo primeiro número foi publicado pela Marvel em Junho de 1985, relatava as aventuras de uma raça de homens-insecto que habitavam no planeta Symbion e que se aliavam a uma outra raça de guerreiros telepatas, envolvendo-se em guerras entre reinos antagónicos, o que, diga-se de passagem, não é novidade nenhuma neste mundo das histórias em quadradinhos.

Mas esta série foi bastante popular nos Estados Unidos e em diversos países europeus, e até no Brasil, dando origem a colecções de cromos, figurinhas, como se diz por lá, havendo até alguns sites a ela dedicados, que apresentavam resumos e comentários dos diversos episódios. Foi realizada uma série de televisão em desenhos animados baseada nas suas aventuras, datada de 1986, e o impulso comercial que esta proporcionou levou a que surgisse uma linha de brinquedos com miniaturas dos principais personagens e de alguns dos cenários onde decorria a acção.

Quanto aos quadradinhos, os argumentos eram de Bill Mantlo, e os desenhos a lápis de Mark Texeira ou Steve Geiger, sendo diversos os desenhadores responsáveis pela passagem a tinta, deles se destacando Joe Del Beato.

Sectaurs foi apenas uma mini-série, com oito números publicados, que ainda podem ser encontrados à venda.

A página aqui apresentada pertence ao número 1, com desenhos a lápis de Texeira e passagem a tinta de Joe Del Beato. Não está, contudo, assinada nem datada. As legendas foram desenhadas à parte e coladas sobre o desenho. A dimensão da mancha é de 37,8 x 25,5 cm, e a do papel de 41,2 x 28,1 cm, aproximadamente.




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