sexta-feira, março 31, 2006

Johnny Red

Nascido no Reino Unido em 1942, John Cooper trabalhou em diversas publicações britânicas a partir dos anos 70, delas destacando-se 2000 AD, tendo sido um dos primeiros desenhadores a trabalhar na conhecida série Judge Dredd, se bem que tenha igualmente colaborado com as revistas Disney.

Os seus trabalhos incidem sobretudo na temática da acção ou de guerra, sendo o seu trabalho mais divulgado o relativo a Johnny Red, que foi publicado na revista britânica Battle.

Ainda ligado aos quadradinhos, tem-se dedicado mais à ilustração, de que podemos apreciar aqui alguns dos seus trabalhos. Desconheço se terá sido publicado em Portugal.

Johnny Red estreou-se no número 100 da já citada revista Battle, datada de 27 de Janeiro de 1977, com argumento de Tom Tully e desenhos de Joe Colquhoun, que deu continuidade aos dois primeiros anos, após o que terá passado para as mãos de Cooper durante os restantes três anos, até ao seu desaparecimento. O principal personagem era um ex-piloto da RAF, que se envolveu em diversas aventuras no mar, acabando por ir parar à União Soviética, onde se juntou a uma esquadrilha de pilotos que combatiam os nazis, os Falcons.

A página aqui divulgada pertence à série Johnny Red, tendo sido publicada na revista Batlle, número 485, não estando contudo datada nem assinada. A dimensão da mancha é de 43 x 33,5 cm e a do papel de 49,7 x 41 cm, aproximadamente.




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sexta-feira, março 24, 2006

Tippie and Cap Stubbs

Nascida em Upper Sandusky em 1893, no estado de Ohio, nos Estados Unidos, Edwina Dumm foi uma das primeiras mulheres a fazer carreira como desenhadora, tendo sido a primeira a tornar-se cartunista política profissional, fazendo a cobertura de cenários de guerra, ou sobre a luta das sufragistas, e ainda acerca de outras questões de política doméstica. Filha de um jornalista, foi dele que recebeu o incentivo para enveredar por esta carreira, e aos 18 anos trabalhava já para o The Columbus Monitor, mudando-se depois para Nova Iorque, onde conseguiu criar a série Cap Stubbs and Tippie, que se estreou em 1918, através da agência The George Matthew Adams Service, em tiras diárias que corriam de segunda-feira a sábado. Nos anos 30 chegou a surgir uma página dominical, através da King Features Syndicate.

Tendo como personagens principais um rapazito (Cap Stubbs) e o seu cão (Tippie), este último tornou-se bastante popular, pelo que o nome depressa passou para Tippie and Cap Stubbs e, mais tarde, nos anos 60, para apenas Tippie. Uma das personagens secundárias com maior destaque na série era a avó, Gran'ma, Sara Bailey, muito mais do que os pais de Cap, Mary e Milton Stubbs.

A série focava sobretudo aspectos da vida quotidiana de uma família, centrada no cão e no rapaz que davam nome à série, embora tratando esta questão através de uma visão mais feminina do que o faziam o desenhadores masculinos, durando até ao ano de 1966, quando deixou de ser publicada.

Grande defensora do direito de voto das mulheres, o que se reflectia nos seus desenhos e nas temáticas que abordava, Edwina Dumm veio a falecer em 1990. Chegou a haver algumas reimpressões da série em revistas, nos anos 30 e 40. Desconheço qualquer publicação em Portugal, ou até mesmo em língua portuguesa.

As tiras aqui apresentadas datam de 1959, concretamente de 3, 4, 5 e 6 de Dezembro desse ano. À excepção da segunda, todas estão assinadas Edwina. A dimensão da mancha é de 41 x 12,5 cm e a do papel de 44 x 14,7 cm, aproximadamente.





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terça-feira, março 21, 2006

Dois sites e um jornal sobre quadradinhos

Ao contrário do que aqui habitualmente publico, este post vem destacar três factos:





Em primeiro lugar, a inauguração de um portal português dedicado, na totalidade, aos quadradinhos. Embora se encontre online há alguns dias, a sua inauguração teve lugar hoje, dia 21 de Março. Para usufruir da totalidade dos seus recursos, os visitantes devem efectuar uma inscrição (gratuita), só assim tendo acesso a artigos completos, reportagens, entrevistas, destacando-se, para já, a que foi realizada a Jorge Machado-Dias, director do BDJornal.

Título: BDesenhada, A Volta ao Mundo da BD






Em segundo, um site em que se pode experimentar criar tiras de quadradinhos utilizando diversas ferramentas de desenho e uma estrutura que pode partir de um número variável de vinhetas, de acordo com a opção desejada.

Título: Comics edit Mai' Nada net



Reprodução da capa do número 0 do BDJornal



Em terceiro lugar, e aqui a ordem nada tem que ver com a importância dos três factos, um periódico inteiramente dedicado aos quadradinhos, como eu gosto de chamar-lhes, muito embora seja uma designação em desuso face ao galicismo banda desenhada.

Surgido em Março de 2005, o número 0 do BDJornal veio trazer uma lufada de ar fresco ao mais do que estagnado panorama das edições sobre a chamada 9ª arte. Tratando-se de um jornal, as suas dimensões são de um tablóide, e o papel apresenta uma boa qualidade, contrariamente aos diários e semanários noticiosos ou generalistas. Tem ainda o aliciante de publicar algumas histórias, que mais tarde poderão constituir um volume à parte e cujas capas para o encadernar serão distribuídas gratuitamente aos assinantes, pelo menos assim o promete o seu director, Jorge Machado-Dias.

Tenho porém pena de as pranchas ocuparem apenas metade das páginas, já que - e isto é apenas um gosto pessoal - seria interessante vê-las publicadas em grande formato, como aqui há uns anos o fez um outro jornal memorável, o Lobo Mau.

Normalmente dedicando cada número a um tema específico, possui uma boa equipa de colaboradores que, para além do seu director, se encarrega de algumas secções fixas sobre crítica, sobre novidades editoriais, sobre a filatelia dedicada a esta temática, e muitos outros assuntos de interesse.

Como é hábito neste país, ameaça não se aguentar durante muito tempo, devido aos custos de produção e ao fraco investimento publicitário por parte das editoras ou lojas que se dedicam aos quadradinhos. E é triste se o BDJornal tiver que deixar de publicar-se, porque se trata de um projecto interessante, que vem suprir uma enorma lacuna no actual panorama editorial, sobretudo dedicado a publicações de circulação restrita, na maior parte os casos produzidas por amadores desta área. Daí que todo o apoio seja pouco, sendo ideal aumentar o número de assinantes (aqui fica a morada: BDJornal, Rua Cidade de Quelimane, 3A - Olivais Sul - 1800-121 Lisboa) para que este jornal possa sobreviver. O seu editor possui ainda o blogue Kuentro.

O último número publicado foi o 11, dedicado ao erotismo na BD. Creio que as edições anteriores poderão ser encomendadas para a mesma morada, já que a distribuição a nível nacional é algo deficiente e, tanto quanto sei, existem números anteriores disponíveis.

Aqui fica o apelo e um enorme apoio à coragem editorial de quantos se lançaram nesta aventura. Espero que me perdoem ter aqui publicado uma imagem da primeira página desse primeiro número.


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domingo, março 19, 2006

Giovanni Scolari

Giovanni Scolari nasceu a 26 de Novembro de 1882, em Brescia, Itália, vindo a falecer neste mesmo país, na cidade de Milão, a 25 de Março de 1956. A sua participação na realização de histórias de quadradinhos ocorreu sobretudo no período anterior à II Guerra Mundial, tendo iniciado a sua carreira noa anos 30, trabalhando para a editora Mondadori, onde criou a conhecida saga Saturno contro la terra, com argumentos de Federico Pedrocchi, a qual foi publicada em diversas revistas, desenhando ainda histórias como La Galea Dalle vele d'Argento ou Nelle viscere della Terre.

Após o fim do conflito mundial a que acima nos referimos, criou ainda Un Uomo contro il Mondo, baseando-se em argumentos de Mario Gentilini e Cesare Zavattini.

A página aqui apresentada não está datada nem assinada, mas datará provavelmente de 1939, constituindo a página 4 da história Il Raggio Mortale, que integra o 2º episódio de I Conquistatori del Tempo, tendo sido publicada no Albo d'Oro de 1948. O traço é fino, e o estilo do desenho aproxima-se bastante de outros clássicos muito populares na altura, com uma dimensão fantástica, lembrando as séries Flash Gordon ou Brick Bradford. Não conheço nenhuma publicação de série no nosso país.

As suas dimensões são de 45 por 30 cm para a mancha e de 50 por 35 cm para o papel, aproximadamente.






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quinta-feira, março 16, 2006

Claude Duval

Fred Holmes (Frederick T. Holmes) nasceu em 1908, no Reino Unido, tendo começado por trabalhar para o Birmingham Weekly Post, ingressando mais tarde na Film Fun, e depois ainda na revista Comet, para a qual ilustrou algumas séries, nomeadamente Claude Duval (inspirado em parte num galante salteador da mesma época) e Buffalo Bill (outra figura histórica). Para uma outra publicação, a Lion, criou Carsons Club, e, para The Sun, Billy the Kid (um fora-da-lei do velho oeste norte-americano).

A série dedicada a Claude Duval, cuja acção decorria por altura da revolução inglesa que colocou no poder Oliver Cromwell, na primeira metade do século XVII, representava as aventuras desse cavaleiro e dos seus amigos ao lado dos realistas, lutando tenazmente contra o regime republicano instaurado por Cromwell.

Capa de O Falcão nº 340, 3ª SérieFoi parcialmente publicada em Portugal, na revista O Falcão (3ª série), por exemplo nos números 340, de 17 de Janeiro de 1967, e 991, de 24 de Julho de 1979Capa de O Falcão nº 991, 3ª Série, embora, como habitualmente, com muitos cortes e com má qualidade de impressão, sobretudo nas edições mais tardias, tornando bastante difícil observar a qualidade do desenho deste artista.

As duas tiras aqui apresentadas não estão datadas nem assinadas, constando uma delas de uma única vinheta, que nos mostra alguma da mestria de Holmes nas cenas de luta. Ambas terão sido publicadas na revista Comet nos anos 50, no número 314 dessa publicação, e a personagem principal que aí figura é Nick Nevison. As suas dimensões são de 43,1 x 17,6 cm para a mancha, e de 46,4 x 20,8 cm para o papel, aproximadamente.






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quarta-feira, março 08, 2006

Vartan

Sergio Angiolini foi um dos desenhadores italianos que se dedicaram aos quadradinhos eróticos de qualidade discutível (à semelhança de artistas como Leone Frollo e o Milo Manara dos primeiros tempos), muito populares em Itália, e que alcançaram algum sucesso de vendas em Portugal na década de 70, praticamente desaparecendo das bancas após esta época, tornando célebres as aventuras eróticas de Branca de Neve, Lucifera, Belzeba, e muitas outras heroínas dos fumetti.

Angiolini nasceu em Milão em 1920, começando por trabalhar em ilustração e em cinema de animação nos anos 40, para na década seguinte criar Chicchirichì, passando aos quadradinhos eróticos nos anos 60 com Isabella, e posteriormente Vartan, Una, Belzeba e La Poliziotta, vindo a falecer em 1985.

Os quadradinhos destinados e um público adulto obtiveram enorme sucesso em Itália a partir de 1966, surgindo títulos como Diabolik, Kriminal, Satanik, Sadik, alguns deles chegando até nós por via de edições brasileiras, mas foi com Isabella, Duchessa dei Diavoli, a primeira publicação erótica em formato de bolso para adultos, que nasceu a indústria dos quadradinhos eróticos (que possuíam por vezes um cariz pornográfico), caracterizando-se porém pela sua baixa qualidade, e que posteriormente deram lugar a obras individuais, com muito maior qualidade, como as de Milo Manara e Guido Crepax ou, mais recentemente, Vittorio Giardino.

Vartan, uma bela pistoleira loira do oeste americano, de seios fartos, lábios carnudos e silhueta sensual, é criada em 1968 para a editora Furio Viano, a partir de uma ideia de Renzo Barbieri, prosseguindo as suas aventuras até 1977. O seu envolvimento nas mais diversas aventuras não dispensava bastante erotismo e era notório o relacionamento da personagem com os seus parceiros masculinos.

A página aqui apresentada pertence a Vartan, apresentando oito vinhetas montadas numa página, tendo sido publicada em Kid West, número 17, sendo a página 80 desta publicação. As vinhetas não estão datadas nem assinadas. Cada vinheta mede cerca de 15,8 x 10,8 cm, e a página, no total, tem as seguintes dimensões: 47,5 x 34,5 cm.






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sexta-feira, março 03, 2006

Vinhetas soltas - 8



Vinheta de The Phantom, por Fred Fredericks



Vinheta de The Captain and the Kids, por Rudolph Dirks



Vinheta de Dan Dunn, por Paul Pinson



Vinheta de Skit Skat and the Captain, por Basil Reynolds (Mickey Mouse Weekly)



Vinheta de Claude Duval, por Fred Holmes



Vinheta de Bop et Be-Bop, por autor desconhecido



Vinheta de Lourdaud et Grandbois, por autor desconhecido



Vinheta de Tailspin Tommy, por Hal Forrest



Vinheta de O Livro de Daniel, por Ruben "Rubeny" Yandoc



Vinheta de The Dailies, por Stanley Link


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