quinta-feira, abril 28, 2005

Felix the Cat


Image hosted by Photobucket.comFelix the Cat foi criado por Otto Messmer, um desenhador oriundo de New Jersey, pouco tempo depois assistido por Joe Oriolo, seu protegido, que rapidamente tratou de dar um novo impulso ao personagem, criando novos personagens e dotando-o de um imaginário mais rico e com um tom a tender para o absurdo.

Felix tornou-se de imediato tão famoso que foi escolhido para ser a primeira imagem a ser transmitida através da televisão, nos testes que constituíram os primórdios das experiências de transmissão de imagens através de rádio frequência, em 1928, e a sua imagem começou a surgir numa enorme quantidade de acessórios e de objectos.

Bastante mais tarde, Don Oriolo, filho de Joe, juntou-se à equipa e nos anos oitenta chegou a escrever e produzir uma longa-metragem intitulada Felix the Cat, The Movie. Mas já anteriormente haviam sido realizados mais de 250 curtas-metragens com cerca de 5 minutos de duração para a televisão, que obtiveram um enorme sucesso, e a sua popularidade ainda hoje é notória.

Image hosted by Photobucket.comAlgumas fontes apontam que na origem de Felix the Cat está um personagem chamado Thomas Kat, que terá surgido numa média-metragem de animação intitulada The Tail of Thomas Kat, em 1917. Dois anos mais tarde, numa curta-metragem da Paramount intitulada Feline Follies, surgiu Master Tom, um outro antecessor de Felix, que ganhou este nome graças ao produtor John King, da Paramount, inspirando-se nas palavras latinas felis (gato) e felix (sortudo) e que só em 1922 é que o Otto Messmer e Bill Nolan teriam redesenhado o personagem, dando-lhe um aspecto mais arredondado e por isso mais simpático. Mas há outras fontes que apontam para Pat Sullivan como o criador de Felix e este chegou a declarar em diversas entrevistas que o tinha idealizado e elaborado os desenhos originais; só mais tarde é que algumas testemunhas afirmaram que Felix fora criado por Messmer nos estúdios de Sullivan a partir de desenhos animados de Charlie Chaplin.

Messmer terá dado início à tira diária em 1923, distribuida pela King Features Syndicate e mais tarde surgiriam os comic-books com o personagem, que ainda hoje se publicam, havendo inúmeras reedições da antigas aventuras.

Foram sobretudo as edições brasileiras que divulgaram Felix the Cat entre nós, muito embora o personagem tenha surgido ocasionalmente em algumas publicações, mas nunca com o destaque merecido.

A página aqui apresentada não está datada nem assinada, mas contém a indicação de que foi desenhada para ser integrada num comic-book, com o número 5. A dimensão da mancha é de 47,1 x 32,4 cm e a do papel de 55,2 x 36,3 cm, aproximadamente.



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sábado, abril 23, 2005

Popeye the Sailor


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Image hosted by Photobucket.comA primeira aparição do marinheiro Popeye data de 17 de Janeiro de 1929, na série Thimble Theatre, de Elzie Crisler Segar, publicada desde 1919, que tratava das peripécias da família de Olive Oyl (a «nossa» Olívia Palito), inicialmente como personagem secundário, tendo rapidamente ganho o estrelato e eclipsado a maior parte das restantes personagens, tornando-se o principal personagem da série, e trazendo consigo um conjunto de figuras que se tornaram tão famosas como ele: Swee'Pea, que Popeye adoptou, J. Wellington Wimpy, o maior devorador de hamburgueres do planeta, e Brutus, um enorme e abrutalhado vilão que se tornou adversário de Popeye nas tentativas de conquistar o amor de Olive Oyl.

A figura ficou famosa pelo facto de ingerir espinafres de lata (que normalmente trazia sempre consigo) e que lhe conferiam uma enorme força, mas a personalidade voluntariosa se bem que um tanto ou quanto descuidada de Popeye, que tinha uma enorme capacidade de se meter em grandes complicações nas suas aventuras, foi o que cativou uma legião de leitores em todo o mundo.

Nos anos 30, Popeye apareceu em filmes de desenhos animados pelos estúdios Fleischer, sendo introduzido numa animação de Betty Boop, tendo ao longo dos anos sido produzidas mais de 750 curtas-metragens de animação já como Popeye the Sailor.

Após a morte de Segar em 1938, de leucemia, a série ficou nas mãos de Charles H. "Doc" Winner e depois nas de dois dos assistentes de Segar, Bela Zaboly e Forrest "Bud" Sagendorf (falecido em 1994), que assumiu o controlo total da série em 1958 até aos anos 80, quando Bobby London se encarregou de a escrever e desenhar, se bem que as aventuras publicadas em revistas fossem também desenhadas por outros artistas.

Image hosted by Photobucket.comJá nos anos 80, mais especificamente em 1980, foi realizado um filme musical sobre o personagem, com Robin Williams e Shelley Duval, dirigido por Robert Altman.

As aventuras de Popeye ainda hoje se publicam, pela mão de Hy Eisman, e são muitas as reedições das primeiras tiras ou páginas das suas aventuras. Entre nós, Popeye apareceu publicado em diversas revistas, chegando mesmo a ter edições próprias, no entanto a especificidade da linguagem de Popeye é impossível de traduzir para português e apenas pode ser apreciada através da leitura dos originais norte-americanos. Frases como «Tha's all I can stands, and I can't stands no more!» muito dificilmente encontrarão correspondência na nossa língua.

A página aqui apresentada não está datada nem assinada, mas o seu estilo assemelha-se bastante ao de Bud Sagendorf. Foi publicada no número 26 do comic-book Popeye, editado pela Dell em Outubro/Dezembro de 1953, constituindo a segunda página da aventura de Popeye and Swee'Pea intitulada Kid Raising!!.
O original está numerado como 45209 K30, e tem as dimensões na mancha de 47 x 32,4 cm e no papel de 49,3 x 34,5 cm, aproximadamente.




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domingo, abril 17, 2005

The Heart of Juliet Jones


Image hosted by Photobucket.comJá desde os anos 30 que nos Estados Unidos se publicavam séries como Mary Worth ou como Apple Mary, para já não falar de Gasoline Alley, surgido em 1918, cuja temática andava à volta da vida quotidiana de personagens, ou em que predominavam personagens femininas e que provocavam a lágrima fácil das suas leitoras através de romances impossíveis, de desgraças familiares, mas foi nos anos 50 que séries mais de acordo com o estilo Soap opera surgiram em força, para o que contribuiu, em grande parte, a série The Heart of Juliet Jones, com desenhos de Stan Drake e argumento de Elliot Caplin e lançada pela King Features Syndicate.

Stan Drake * Image hosted by Photobucket.comO estilo de Drake (1921-1997) era realista, de acordo com a época, semelhante ao de Leonard Starr em Mary Perkins On Stage ou ao de Ken Ernst em Mary Worth, estilo que veio a utilizar numa outra série, porventura mais conhecida entre nós, Kelly Green, já que esta surgiu em álbuns, alguns dos quais foram editados em Portugal pela Meribérica.

A partir de 1984 a série The Heart of Juliet Jones passou a ser desenhada por Frank Bolle, que também desenhou as séries Apartment 3-G e Doctor Solar, Man of the Atom, quando Stan Drake se dedicou à série Blondie, tendo o seu último episódio sido publicado em 1 de Janeiro de 2000.

Entre nós, esta série foi publicada no suplemento dominical do jornal O Primeiro de Janeiro durante vários anos, a cores, nas suas páginas centrais.

A tira aqui apresentada data de 15 de Janeiro de 1962, está assinada SDrake, sendo a dimensão da mancha de 40,8 x 12,1 cm e a do papel de 49,2 x 14,5 cm, aproximadamente.



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quinta-feira, abril 14, 2005

Reg'lar Fellers


Image hosted by Photobucket.comEugene Byrnes (1889-1974), mais conhecido como Gene Byrnes, lançou a sua primeira série, It's a Great Life If You Don't Weaken, em 1915, após ter travado conhecimento com Winsor McCay e este lhe ter arranjado um emprego como desenhador no New York Telegram. Em 1917, lança então Reg'lar Fellers, uma série cujos principais personagens eram crianças, que era complementada por uma tira dedicada a Zoolie, uma rapariguinha que fazia algumas diabruras próprias da idade e que servia como contraponto à história principal, que era, em grande parte, apenas constituída por um grupo de rapazes. A série obteve um tremendo sucesso, ao ponto de ter sido levada ao cinema em 1941, numa fita realizada por Arthur Dreifuss, e em que Gene Byrnes participou como co-argumentista.
Reg'lar Fellers é tida como a série norte-americana que primeiro incidiu sobre a temática dos grupos de rapazes que muitas vezes se organizavam em clubes e que constituíam uma realidade na América do início do século XX. Como tinha os direitos de autor da sua série, Byrnes podia publicá-la onde e quando quisesse, e entre 1921 e 1929 surgiram diversas reedições em formato comic-book, lançadas pela editora Cupples & Leon, mais tarde dois Big Little Books, bem como na naquela que é tida como a primeira revista em formato comic-book, Famous Funnies, em 1934.

Image hosted by Photobucket.comA editora Dell publicou a série em Popular Comics a partir de Novembro de 1936, e em Abril de 1939 apareceu igualmente no primeiro número de All-American Comics, a revista que mais tarde lançaria o Lanterna Verde. Nos anos 40 surgiria igualmente em diversas publicações. Ub Iwerks, que trabalhou para a Disney, chegou a realizar um filme de animação no seu estúdio em 1936 intitulado Happy Days com os personagens da série. Com o correr dos anos, Gene Byrnes foi entregando Reg'lar Fellers a outros desenhadores, de entre os quais George Carlson, até que deixou de ser publicada em 1949. Existem algumas reedições recentes de Reg'lar Fellers, entre as quais merece destaque a editada pela Ken Pierce Books. No entanto, em Portugal creio tratar-se de uma série nunca publicada e muito pouco conhecida.

A página aqui representada está datada de 18 de Fevereiro de 1945 e assinada Gene Byrnes. Apresenta duas tiras da principal série e uma tira de complemento, na parte inferior, com a personagem Zoolie. A dimensão da mancha total é de 53,8 x 37 cm e a do papel de 57 x 39,5 cm, aproximadamente.


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sexta-feira, abril 08, 2005

Ella Cinders


Image hosted by Photobucket.comElla Cinders estreou-se nos jornais norte-americanos a 1 de Junho de 1925, enquanto tira diária, tendo as páginas dominicais surgido dois anos mais tarde. O argumento estava a cargo de Bill Conselman e os desenhos eram da autoria de Charlie Plumb que, davido ao seu carácter de artista errante, foi por vezes substituído por outros artistas, entre os quais Hardie Gramatky, Fred Fox, Henry Formhals e Jack McGuire. Após a morte de Conselman em 1940, Charlie Plumb encarregou-se igualmente dos argumentos, até que Fred Fox se encarregou de lhe dar continuidade a partir de meados dos anos 50, acabando mais tarde por ser também substituído por Roger Armstrong. Já algo datada e exausta, a série desapareceu em 1961.

Image hosted by Photobucket.comLogo que a série apareceu nos jornais, a sua popularidade generalizou-se, ao ponto de ter sido realizado um filme em 1926 com o nome da personagem, e dirigido por Alfred E. Green. A personagem principal era uma espécie de Cinderela moderna, uma rapariga frágil e ingénua, com um olhar um tanto ou quanto esgazeado que denotava alguma falta de inteligência, e que lutava diariamente contra uma madrasta (Mytie Cinders) e duas meias-irmãs (Prissie e Lotta Pill) que apenas pensavam em dinheiro e que lhe faziam a vida negra, o que levava os leitores a simpatizarem de imediato com a sua posição e com os sofrimentos que lhe faziam padecer. Embora não se caracterizasse por uma grande beleza, Ella Cinders ganhou um concurso de misses e acabou em Hollywood, juntamente com o seu irmão, Blackie, o seu único aliado na família, com o qual acabou por viver uma boa quantidade de peripécias, tendo finalmente encontrado um marido, Patches, que a abandonava de quando em vez para viver as suas próprias aventuras. Em Portugal desconheço se alguma vez foi editada, embora não me pareça que tenha acontecido.

A página aqui apresentada está datada de 11 de Junho de 1949, e nela surgem os nomes de Charlie Plumb e Fred Fox, já por essa altura um dos artistas que Plumb muitas vezes subcontratava para desenhar a série. O tamanho da mancha é de 57,3 x 38,3 cm e a do papel de 58,1 x 39,6 cm, aproximadamente.



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quarta-feira, abril 06, 2005

Gasoline Alley


Image hosted by Photobucket.comA série Gasoline Alley fez a sua aparição a 24 de Novembro de 1918, pela mão de Frank King (1883-1969), através do «syndicate» do The Chicago Tribune, enquanto página dominical, tendo surgido as tiras diárias a partir de 24 de Agosto de 1919.

Gasoline Alley, que ainda continua a publicar-se, agora pela mão de Jim Scancarelli, conta a história de uma família, chamada Wallet, durante quatro gerações, em que as personagens vão envelhecendo e morrendo, como raramente acontece nas séries de quadradinhos norte-americanas, tendo sido a primeira a fazê-lo, e a mostrar os personagens integrados num quotidiano normal, uma vida em tudo idêntica à de muitos dos seus leitores.

Frank King começou a trabalhar enquanto cartunista em 1901 para o Minneapolis Times, tendo posteriormente passado pelo Chicago American e pelo Chicago Examiner, antes de ingressar no Chicago Tribune em 1910, onde criou a série Bobby Make-Believe antes de começar a desenhar Gasoline Alley, uma série que vinha ao encontro de um dos aspectos que mais fascinavam os americanos de então: os automóveis, e falar deles era, na altura, um pouco como falar de computadores nos dias de hoje. King acabou por retirar-se, deixando a continuidade entregue a dois dos seus assistentes, Bill Perry (que também trabalhou como assistente em Harold Teen) e Dick Moores (1909-1986). Perry garantiu a continuidade em 1951, e Moores em 1956, quando entrou para a equipa, após ter assistido Chester Gould em Dick Tracy durante cinco anos. À série veio dar uma maior dimensão, ao introduzir alguns personagens que podiam perfeitamente passar por secundários mas que acabaram por ganhar notoriedade.

Jim Scancarelli começou como assistente de Dick Moores em 1979, e acabou por assegurar a série a partir de 1986, após a morte deste desenhador. Antes, trabalhara como assistente de George Breisacher na série Mutt & Jeff, tendo ganho o prémio Reuben Award em 1989 para a melhor série. Nascido em 1941, Scancarelli é ainda o responsável por Gasoline Alley, uma série praticamente desconhecida em Portugal.

A página aqui apresentada é de Bill Perry, e está datada de 16 de Dezembro de 1973. É constituída por uma tira e uma outra página com duas tiras, unidas na parte de trás. A dimensão de cada tira é de 38,6 x 14,9 para a mancha e de 42,1 x 22,9 cm para o papel. No total, a página apresenta as dimensões de 46,5 x 38,6 cm para a mancha e de 56 x 42,1 cm para o papel. Todos os valores são aproximados.

A tira está assinada por Jim Scancarelli, e datada de 20 de Abril de 1994. A dimensão da mancha é de 39,5 x 12,3 cm, e a do papel de 43,8 x 14,7 cm, aproximadamente.




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terça-feira, abril 05, 2005

Maigret, por Philippe Wurm

Philippe Wurm nasceu em 1962, na Suíça, frequentou os cursos de Eddy Paape na escola das Beaux-Arts de Saint-Gilles e mais tarde estudou na academia de Beaux-Arts de Bruxelas, tendo mesmo recebido um prémio do governo belga pelos seus desenhos a carvão. Em 1989, Wurm publica o primeiro álbum de quadradinhos nas edições Hachette, intitulado La Fabuleuse Histoire du Tennis.
Sendo um grande leitor de histórias policiais, adaptou três histórias do inspector Maigret aos quadradinhos, publicados nas edições Lefranc-Le Rocher, Maigret et son Mort (1992), Maigret Tend un Piege (1993), Maigret et la Danseuse du Gai Moulin (1994), todos com argumento de Odile Reynaud, tendo ainda desenhado aventuras de Nero Wolfe, como La Cassette Rouge, com argumento de Jean-Claude de la Royère. Actualmente desenha a série Les Rochester, com argumentos do próprio Wurm e também de Dufaux. O seu desenho caracteriza-se por uma linha clara, seguindo o estilo de muitos e grandes desenhadores franco-belgas.

A página aqui apresentada pertence ao segundo álbum da série Maigret, intitulado, como acima dissemos, Maigret Tend un Piege, com uma dimensão total de 49 x 37,5 cm, mas constituindo, no fundo, três tiras unidas pela parte de trás do papel, tendo cada tira cerca de 22 cm de altura. Tem a curiosidade de, em algumas das vinhetas, o desenho sair da esquadria, e há ainda alguns desenhos e algumas anotações nas margens do papel.




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Pormenor de uma das vinhetas. * Image hosted by Photobucket.com

Pormenor da margem do papel. * Image hosted by Photobucket.com

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