terça-feira, março 29, 2005

Sad Sack

Image hosted by Photobucket.comSad Sack, um recém-recrutado e patético personagem, foi concebido pelo desenhador George Baker, que trabalhara desde 1937 nos estúdios de Walt Disney, como reacção à sua incorporação no exército dos Estados Unidos, levando-o a concorrer com um cartoon que apresentava o azarado recruta à revista Life em 1941. Quando o seu país entrou na II Guerra Mundial, Baker permaneu nos EUA a trabalhar na revista militar Yank, onde então surgiu a série com este personagem, muito embora a mesma não fosse do agrado da totalidade dos oficiais, já que Sad Sack retratava o ambiente em que viviam os soldados, cumprindo tarefas na cozinha, sendo muitas vezes abusiva e injustamente tratado pelos seus superiores, frequentando prostitutas, o que não era invulgar em séries produzidas para serem consumidas pelos soldados do exército norte-americano, como foi o caso de Male Call, de Milton Caniff.



Image hosted by Photobucket.com



Mais tarde, Sad Sack viria a ser publicado em jornais através do Bell Syndicate, e o abandono da vida militar pelo personagem e a posterior integração na vida civil levou a que a mesma fosse suspensa em inícios dos anos 50. Em 1957 surgiu uma versão cinematográfica, em que Jerry Lewis encarnava o personagem.
Em Setembro de 1949, a editora Harvey Comics deu início à publicação dos comic books com Sad Sack, que voltou a integrar as fileiras do exército em 1952, não obtendo no entanto o mesmo sucesso que havia conseguido anteriormente. A editora entregou então a tarefa ao desenhador Fred Rhoads, ficando George Baker apenas com o desenho das capas das revistas até à sua morte, em 1975. Após a saída de Rhoads da editora, em 1977, a revista perdeu fulgor, e nos anos 80 e 90 passou a ser publicada de forma esporádica.

Em Portugal o personagem é praticamente desconhecido, tendo apenas surgido em edições brasileiras com o título Recruta Biruta.
As páginas que aqui apresentamos pertencem a um episódio intitulado A Piece of the Action, para a revista Sad Sack and the Sarge, da Harvey Comics, não estando datadas nem assinadas, devendo, no entanto, ser da autoria de Rhoads. São acompanhadas dos color guides, páginas em formato reduzido, já da dimensão em que irão ser publicadas em revista, em que estão inseridas, à mão, as referências de cor em que irão ser impressas. Em alguns casos, as páginas de referência de cor apresentam, para além das cores, indicações manuscritas acerca dos códigos de cor a utilizar, o que não acontece aqui.

A dimensão da mancha nos originais dos desenhos é de 40,8 x 27,2 cm e a do papel é de 48,4 x 32 cm, enquanto que nos color guides a dimensão da mancha é de 22,8 x 15,2 cm e a do papel de 24,5 x 16,7 cm. Todos estes valores são aproximados.



Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Etiquetas: , ,

quinta-feira, março 24, 2005

Abbie and Slats

Image hosted by Photobucket.com

Raeburn Van Buren era ilustrador para o Saturday Evening Post quando Al Capp o convidou para desenhar uma nova série, Abbie and Slats, que se estreou a 12 de Julho de 1937, com distribuição nos Estados Unidos pelo United Features Syndicate.

A personagem principal, concebida por Capp, era Aubrey Eustace Slats Scrapple, um indivíduo que se armava em espertalhão, e que deixara Nova Iorque a favor de uma pequena cidade de província chamada Crabtree Corners, onde uma série de peripécias acabaram por surgir, com diversos outros personagens à mistura, de que vale a pena destacar Jasper Hagstone, que se tornou inimigo de Slats, e Becky Groggins, a sua apaixonada.

Apesar de inicialmente Van Buren ter recusado o convite de Capp, acabou por aceder e estar profundamente asociado à série, principalmente após o abandono de Capp por volta de 1945, ficando Elliot Caplin com os argumentos. Deixou de publicar-se em 1971, quando Van Buren a abandonou, tendo o desenhador vindo a falecer em 1987, com 96 anos de idade. A série tornou-se objecto de culto, se bem que nunca tenha alcançado a fama que muitas outras obriveram. Chegou a ser alvo de algumas reedições, embora de forma esporádica. Em Portugal é praticamente desconhecida.

As cinco páginas dominicais aqui apresentadas datam de 1957 (21 de Abril), 1961 (26 de Março), 1962 (15 de Abril) e 1964 (19 de Julho e 9 de Agosto). As dimensões da mancha encontram-se entre os 57,2 x 38,7 cm e as do papel variam um pouco, estando entre 58,7 x 41 cm, os 60 x 43,3 cm ou os 61 x 43,2 cm, aproximadamente. À excepção da primeira, todas as restantes estão assinadas R. Van Buren.



Página de 21 de Abril de 1957. * Image hosted by Photobucket.com

Página de 26 de Março de 1961. * Image hosted by Photobucket.com

Página de 15 de Abril de 1962. * Image hosted by Photobucket.com

Página de 19 de Julho de 1964. * Image hosted by Photobucket.com

Página de 9 de Agosto de 1964. * Image hosted by Photobucket.com

Etiquetas: , ,

segunda-feira, março 21, 2005

Mickey Mouse, o rato Mickey


Image hosted by Photobucket.com

O personagem que mais contribuiu para que o nome de Walt Disney se tornasse mundialmente conhecido foi, sem dúvida, Mickey Mouse, que se estreou a 18 de Novembro de 1928 no filme de animação intitulado Steamboat Willie, que se caracteriza por ser também um filme sonoro, muito embora tivesse sido o terceiro realizado pela equipa de animação, logo após Plane Crazy e The Gallopin' Gaucho, ambos mudos, e que na altura não encontraram quem os quisesse distribuir pelas salas de cinema dos Estados Unidos, mas que mais tarde viriam ambos a ser igualmente sonorizados, sendo o próprio Disney a fazer as vozes. Idealizado por Walt Disney durante uma viagem de comboio de Nova Iorque para Los Angeles, o rato (a quem inicialmente pensou chamar Mortimer, tendo mudado para Mickey a conselho da sua mulher) foi entregue às mãos do desenhador Ub Iwerks, e rapidamente se popularizou. Em 1930 estreou-se no mundo dos comics, com a aventura Lost on a Desert Island ainda pela mão de Iwerks, que pouco depois entregou a tarefa de desenhar o personagem nos comics a Floyd Gottfredson, que para ele criou aventuras em que o rato Mickey passava por detective, por jornalista, encontrando pelo caminho diversos personagens, de entre os quais vale a pena salientar o seu amigo Goofy (Pateta), o seu cachorro Pluto, a sua namorada Minnie, o chefe de polícia Chief O'Hara (Coronel Cintra), e os vilões Peg-Leg Pete, também conhecido como Black Pete, (João Bafodeonça) ou Phantom Blot (Mancha Negra), entre muitos outros.

As aventuras de Mickey acabaram por vir a ser produzidas em diversos países, com diversos artistas encarregados dos argumentos e dos desenhos, sendo de referir os casos do Reino Unido, da Itália, do Brasil, da França, da Dinamarca ou da Holanda. Em Itália, onde o personagem ganhou o nome de Topolino, tendo começado a surgir em publicação própria em 1931, destacaram-se nomes como os de Luciano Botaro, Giovan Battista Scarpi, Romano Scarpa, Marco Rota, Giorgio Cavazzano ou Massimo De Vita.

Reprodução da capa do nº 1 da revista Mickey editada pela Morumbi em 1980. * Image hosted by Photobucket.comNo Brasil, a revista nº 1 de Mickey foi publicada a Outubro de 1952, só vindo a ter edição portuguesa a Abril de 1980, com o preço de capa de 25$00, muito embora tivesse havido uma revista infantil ilustrada com o nome do personagem publicado entre 21 de Novembro de 1935 e 31 de Dezembro de 1936, com 58 números publicados, de grande formato nos primeiros 36 números, tendo as suas dimensões sido reduzidas para metade nos restantes.

A página que aqui apresentamos terá sido desenhada por Sergio Asteriti, com argumento de Michele Gazzarri, pertencendo à aventura intitulada Topolino e la città di cartone, publicada na revista Topolino nº 458, de 6 de Setembro de 1964. As suas dimensões são de 34,2 x 21,8 cm para a mancha e de 36,5 x 25,5 cm para o papel, aproximadamente, tendo ainda a numeração de página, 26, no canto inferior direito.

Image hosted by Photobucket.com


NOTA: Aprenda aqui a desenhar o rato Mickey.

Etiquetas: , ,

sexta-feira, março 18, 2005

Goofy, o «Pateta»


Image hosted by Photobucket.comGoofy, o Pateta em português, surgiu pela primeira vez em 1932 no filme Mickey's Revue, embora na altura tivesse ainda o seu nome original, Dippy Dawg. Mas como o tipo de humor que aparecia nos filmes de animação da Disney era caracterizado como goofy, o nome acabou por se colar ao personagem, que surgiu já no seu aspecto mais definitivo no filme de 1936 Moving Day, para o qual o desenhador Art Babbitt deu corpo ao personagem atribuindo-lhe um papel com alguma relevância. Goofy foi criado com características humanas, ao contrário de Pluto, que foi sempre o animal de estimação do rato Mickey, e caracterizou-se, desde o início, pela sua maneira de rir e pela sua propensão para se meter em trapalhadas.

Floyd Gottfredson * Image hosted by Photobucket.comFoi Floyd Gottfredson quem desenhou uma boa parte das primeiras histórias de Goofy e porventura quem melhor soube criar as peripécias que melhor se adaptavam à maneira de ser do personagem. Mais tarde, Goofy também viria a ter as suas próprias aventuras, e Paul Murry viria a criar a figura do Super-Pateta, muito embora Goofy também surgisse numa série de aventuras encarnando diversas personagens históricas.

As páginas que a seguir apresentamos estão desenhadas a lápis (tiveram que ser escurecidas digitalmente para permitirem uma melhor leitura), e contêm diversas anotações para correcções na versão definitiva. As duas primeiras integram uma curta história intitulada Boring Circus (a versão original era Bored with the Circus), e contêm o nome de Cal Howard, que se notabilizou sobretudo como argumentista. Howard trabalhou para a Warner, para a Screen Gems, estando ligado a uma quantidade de filmes como argumentista, e trabalhou para os estúdios Disney também como desenhador. Estas páginas serão provavelmente dos anos 70. A dimensão da mancha é de cerca de 43 x 29 cm, e a do papel (não se trata de papel específico para a arte final, mas de papel de desenho) é de 43 x 35,5 cm, aproximadamente. A terceira página está desenhada a lápis azul em papel vegetal, tratando-se claramente de estudos destinados à animação. A dimensão da mancha é de 45 x 33 cm, e a folha de papel possui 48 x 34,4 cm, aproximadamente.

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Etiquetas: , , ,

sexta-feira, março 11, 2005

Donald Duck, o Pato Donald

Image hosted by Photobucket.comDonald Fauntleroy Duck, ou, como é mais conhecido, Donald Duck, e entre nós como Pato Donald, surgiu pela primeira vez no filme de animação A Galinha Sábia (The Wise Little Hen) em 1934, criado pelos Estúdios Disney, tendo dado nas vistas e feito uma nova aparição em The Band Concert. O sucesso do pato foi imediato, surgindo já como personagem principal em A Silly Symphony Featuring Donald Duck em 1936. A sua namorada Margarida (Daisy) apareceu pouco depois, e os seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho (Huey, Dewey, Louie) em 1937.

Ainda em 1934, Ted Osborne (argumento) e Al Taliaferro (desenhos) adaptaram o desenho animado para os suplementos dominicais dos jornais norte-americanos, e Floyd Gottfredson introduziu o pato nas tiras de Mickey, antes de este se estrear a solo, mas foi com Carl Barks que o personagem ganhou uma dimensão e uma notoriedade e qualidade inegáveis. Barks foi o responsável pela criação do Tio Patinhas (cujo nome, Uncle Scrooge, é inspirado no personagem de Charles Dickens), do Gastão (Gladstone Gander), do Gansolino (Gus Goose), para além de ter criado Patópolis (Duckburg), os Irmãos Metralha (Beagle Boys), o Professor Pardal (Gyro Gearloose), a Maga Patalógica (Magica de Spell) ou o Patacôncio (John D. Rockerduck).

Reprodução da capa do número 1 da edição brasileira de «O Pato Donald», hoje uma rara edição e muito procurada pelos coleccionadores. * Image hosted by Photobucket.comMuito poderíamos aqui deixar acerca da história deste personagem, mas gostaríamos de realçar que as histórias Disney do Pato Donald foram criadas em diversos países, entre os quais gostaríamos de fazer uma referência particular ao Brasil e à Itália, onde se destacaram desenhadores como Giorgio Cavazzano, Romano Scarpa, Marco Rota e Giovan Battista Scarpi, que criou a figura do Superpato.

Como curiosidade, refira-se que os nomes pelos quais são conhecidas as personagens Disney são sobretudo brasileiros. Os sobrinhos do Pato Donald, a que já acima nos referimos, chamavam-se originalmente Nico, Tico e Chico, o Pateta era Dippy (nome original, antes de mudar para Goofy), o Lobão era conhecido como Lobo Mau, Zé Grandão e João Honesto eram Compadre Urso e Compadre Raposo. Foi a primeira equipa de tradutores e redactores da então recém-criada Editora Abril que optou pela atribuição dos nomes, mantendo Mickey e Donald (na Itália, Mickey é Topolino e Donald Paperino, e na Suécia Mickey é conhecido como Musse Pigg), mas mudando Uncle Scrooge McDuck para Tio Patinhas (nome que viria a generalizar a designação das revistas Disney entre nós, os Patinhas), The Beagle Boys para Irmãos Metralha, Gladstone Gander para Gastão, Daisy Duck para Margarida, sem a pata. Foi Jerónimo Monteiro, o primeiro tradutor e redactor daquela editora, que baptizou o Tio Patinhas e os sobrinhos de Donald, Huguinho, Zezinho e Luisinho, tendo sido a filha do tradutor a sugerir a designação Irmãos Metralha. Alberto Maduar inventou os nomes do Professor Pardal, do Lampadinha, do Gastão e da Maga Patalógica. Esta situação foi alvo de um curioso estudo de Max Gehringer, que pode ser encontrado aqui.

Os originais aqui representados são de autores desconhecidos e, como é habitual nas histórias Disney, não se encontram assinados. São quatro meias páginas unidas no verso, para efeitos de impressão, e a mancha tem a dimensão de 31 x 22 cm para cada meia página, as quais medem, no papel, 36,5 x 25,6 cm, aproximadamente. Desenhadas a pincel e caneta, apresentam ainda alguns traços visíveis do lápis original e algumas correcções a branco, bem como alterações na legendagem.

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Image hosted by Photobucket.com

Etiquetas: , ,

sexta-feira, março 04, 2005

Tiny Tim

Tiny Tim, personagem cujo nome provém da obra de Charles Dickens, foi criado por Stanley Link em 1933 para o Chicago News-Tribune.

Nascido em Chicago, Link começara a trabalhar desde bastante novo como cartunista, vindo mais tarde a integrar a equipa de The Gumps, como desenhador assistente de Sydney Smith, lançando a tira Ching Chow, juntamente com Henri Will Arnold, que veio a ser publicada como tira de complemento (nos Estados Unidos, estas séries são conhecidas como toppers) à página de Tiny Tim, o que era habitual nas páginas dominicais norte-americanas. Tim era um rapazito minúsculo que vivia uma série de aventuras num mundo onde tudo lhe parecia enorme, dado o seu tamanho, tendo a série atingido alguma popularidade para depois decair, e o desenhador resolveu criar The Dailys a partir de 1948, a qual por sua vez veio a terminar em 1957, ano em que Stanley Link faleceu.

A página aqui representada está datada de 27/11 de 1949, surgindo a série Tiny Tim em três tiras e o complemento Ching Chow, por baixo, a uma tira. Ambas estão assinadas por Stanley Link. A dimensão da mancha total é de 48,5 x 32,5 cm, e a do papel é de 53 x 37 cm, aproximadamente.

Página dominical de 27/11/49

Etiquetas: , , ,

Get Free Shots from Snap.com